Esse sou eu - Cassiano - no Cerro Lopez. Foi o primeiro contato direto da Lu com a neve, mas ela se comportou como tivesse crescido nela. Isso foi antes de caminharmos até o Refúgio Frey e encontrarmos aquele lugar especial na Colonia Suiza. Subimos numa caminhada de 3h até o Refúgio Lopez, descemos a parte com neve escorregando (surfe na neve com botas) e começamos uma série de ascençoes diárias às montanhas que nos fez tirar esse Domingo pra descanso.
Lu posando à frente das agulhas gigantes do Cerro Catedral, abaixo:
Fim de dia (21h30) visto de nossa barraca. A agulha que subimos é a primeira mais alta à esquerda do catedral (a agulha mais alta).
Planejávamos caminhar do Refúgio Frey até o San Martin, mas a idéia foi deixada de lado quando descobrimos que a neve estava alta e empapada até lá, além de termos que subir e descer dois colos de neve bem altos e íngremes para chegar lá, sem crampons ou equipamento. Poucos dias antes, um sujeito escorregou 200 mts tentando fazer a travessia e foi parar no hospital. Um dos caras que trabalha no refúgio era bem legal - o Negro - e se parecia com o escalador curitibano Bonga. Ele conhecia muita gente de Curitiba, inclusive a Roberta. Também encontramos por lá o Nicolau, um escalador carioca que ficaria no Frey indefinidamente. Quem sabe, encontraremos o figura de novo na volta de nosso recorrido pelo Chile.
As noites no Frey foram impressionantes. O frio era tao grande e o vento tao violento que logo depois de jantarmos perto da barraca ao pôr do sol, entrávamos nela e nos alojávamos nos sacos de dormir. No meio das duas noites que passamos acampados lá, eu acordava para ir no banheiro e ficava impressionado com a vista incrível das neves e os picos iluminados por uma lua quase cheia. Isso durava 1 minuto, tempo de tirar água do joelho e voltar para a barraca.
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