2006/12/16

Aconcagua e muito mais

Tem sido dificil achar um teclado que eu possa configurar para o Portugues, e este no qual escrevo eh o caso. Leia e imagine a pontuacao. E tambem nao consegui achar qui em Mendoza, Argentina, um Cyber cafe que tenha computadores com entrada USB compativel com minha camera, o que significa que mais fotos e relatos estarao por aqui daqui a uns dois dias, quando estivermos em Buenos Aires.
Muita coisa desde o ultimo post. De Bariloche, fomos para Junin De Los Andes, uma pacata cidade indigena que tenta preservar as tradicoes dos Mapuches, os habitantes originais da regiao. De la, nos mandamos para o Parque Nacional Vulcao Lanin, na fronteira com o Chile. No escritorio do parque em Junin, uma atendente simpatica nos garantiu que poderiamos chegar nos refugios do vulcao caminhando sem problemas, mas ao descermos dop onibus no parque e conversarmos com um guarda, constatamos que a grande quantidade de neve nas rampas e no vulcao como um todo impossibilitava qualquer subida sem crampons e piolets. O aluguel desses apetrechos em Junin estava muito caro e por isso nos contentamos em acampar na base do vulcao, um dos mais bonitos da America do Sul, e caminhar ate a linha de neve e ao redor dele. De la, atravessamos a fronteira e paramos em Pucon, no Chile, onde minha frustracao falou alto e nos fez pagar por uma excursao para subir o vulcao Villarrica, com todo o equipamento incluido. Ha anos, eu e meu camarada Andre demos uma subida no vulcao mas desistimos bem antes da cratera por termos seguido por uma rota completamente ingreme e impraticavel. naquela epoca - 1996 - era possivel subi-lo sozinho. Hoje, isso seria impossivel. As agencias de ecoturismo conseguiram atraves de um lobby proibir ascencoes independentes. De qualquer forma, chegar na cratera depois de uma caminhada de 3h30 na neve e gelo e observar a fumaca de um vulcao ativo de perto valeu muito a pena, mesmo pelo preco e com o grande numero de pessoas em nossa expedicao. O mais legal foi desce-lo escorregando na neve.
Em seguida, fomos a Puerto Montt, onde a Lu enlouqueceu com tanto salmao bom e barato. De la, cruzamos para Chiloe para tentar pegar em Quellon, na extremidade sul da ilha, um cargueiro que nos levasse a Carretera Austral. Mas o cargueiro estava lotado e o proximo demoraria uns 5 dias pra chegar, entao fomos direto para Santiago de Chile, onde a Lu entrou novamente num frenesi por caua dos salmoes. Ela cozinhou um na cozinha do albergue onde ficamos que vai ficar para sempre na memoria. Tivemos a sorte e chegar na capital bem quando Pinochet morreu, o que significa que tenho imagens historicas de manifestacoes pro e contra o ex ditador. Um dia depois, cruzamos novamente a fronteira ate Mendoza, e daqui para o Aconcagua. Ficamos num refugio na base da montanha e caminhamos ate uns 3.800 mts, ate o ponto permitido sem licenca para caminhar no parque. Inicialmente tinhamos pensado em caminhar ate a Plaza Francia, 4.500 mts, mas nao se pode fazer isso sem um permiso de 30 dolares por cabeca. E como estamos em contencao de despesas, decidimos nos contentar com uma caminhada pelas beiradas do parque, que nao foi menos espetacular. Depois contarei detalhes. Depois voltamos para Mendoza, capital do vinho. Hoje, visitaremos algumas vinicolas e a noite partimos para Buenos Aires. Ate mais.

Nenhum comentário: