2009/03/26

SXSW em Austin - O festival - primeiro show



Zimmer, o porta-bandeira Catarinense do SXSW.



Fachada do The Rio, em Austin, Texas

O combo e o Rio, em Austin, Texas.





A multitude de opções musicais que o South By Southwest oferece é impressionante. São praticamente 2.000 bandas tocando em diversos bares, casas de shows, teatros, nas ruas, em lojas e em qualquer lugar possível. A rua 6 concentra grande parte das atrações e vira via exclusiva para pedestres. Mas a cidade toda comporta o festival. Os 4 dias de SXSW atraem uma multidão de pessoas do mundo inteiro, e entre toda essa gente, muitos músicos, produtores, executivos de gravadoras e outros buscam oportunidades. Um centro de convenções gigantesco se torna sua sede: é onde participantes se cadastram, showcases oficiais, palestras e workshops
acontecem.

Zimmer dando bandeira na 6th Street.



Cassim & Barbária depois de um show arrebatador.



Quincy Jones autografando seu livro em evento do SXSW


Daniel Johnston em evento no SXSW



Todo mundo quer aparecer, alimentado pela idéia de que o evento lança novidades musicais para o mundo, o que é verdade. O pano de fundo é a capital texana, uma ilha democrata e liberal cercada por um dos estados mais conservadores dos Estados Unidos. O clima de porto livre é atestado pela grande quantidade de bares e casas de shows.



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Chegamos em Austin com expectativas modestas. Sabíamos que chamar atenção no meio desse turbilhão de informação é muito difícil. O objetivo primordial de qualquer artista esperto no festival é atrair o maior número de pessoas da mídia, de agentes e gravadoras para o seu show, já que o SXSW é visto pela indústria da música como uma espécie de mercadão de barganhas, notícias & bons negócios.

Além dos shows - nós tínhamos 2 programados - queríamos fazer bons contatos com bandas e produtores. Por isso, antes e depois de nossas apresentações, cada um foi para um lado munido de cartões da banda e CDs. Foi assim que troquei informações com as delegações de alguns países, cujos governos deram apoio financeiro e logístico para as bandas compatriotas. O estande do Reino Unido no centro de conferências, por exemplo, impressionava: eram 6 ou 7 coletâneas em CD distribuídos gratuitamente aos participantes, apresentando as bandas de diferentes regiões da Grã Bretanha e Irlanda do Norte. Além disso, este e outros estandes de países disponibilizavam catálogos, revistas, jornais e camisetas. O Brasil também tinha o seu, um pouco tímido. Decidimos tentar articular algo assim para o ano que vem, dando destaque a Santa Catarina e sua produção cultural/musical.

Nosso primeiro show aconteceu no The Rio, um bar/restaurante que é citado em guias e por conhecedores como o melhor lugar em Austin para se comer culinária tex mex e beber margaritas. Um pouco fora de mão, temi que não aparecesse muita gente. Mas num evento como esse, qualidade de público está muito acima da quantidade.

A noite foi aberta por uma banda norueguesa para quem emprestamos nosso equipamento: a Kristiansand, cujo som cheio de texturas de guitarra nos agradou.

Em seguida foi nossa vez. Animados por ter conseguido atrair público - o que no SXSW é considerado muito bom para uma banda desconhecida - fizemos uma apresentação fluida & divertida. O som no palco estava excelente e depois de vários shows na América do Norte, parece que atingimos uma espécie de maturidade ao vivo.




Depois, fui entrevistado por um jornalista/fotógrafo de uma revista especializada local. Um dos caras que acompanha o Black Lips como convidado também veio falar conosco. Naquela mesma noite, assisti um show insano dessa que é uma das bandas mais concorridas do SXSW. Comemoramos a noite com um prato suculento de nachos & margaritas, oferecido pelo gerente do restaurante.

O segundo show aconteceria dentro da igreja presbiteriana central de Austin, com arquitetura imponente. Ele contaria com a presença de brasileiros ilustres da cena independente brasileira. Postarei o vídeo aqui. Por enquanto, fotos:


XuXu e Zimmer na entrada da Igreja Presbiteriana de Austin.

O show na Presbyterian Church

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