2009/03/12

Cassim & Barbária em Montréal

Les Fidel Castrol, nossa banda chapa de Montréal



Depois de deixar Nova York para trás e começar nossa viagem de van que vai atravessar boa parte do continente norte americano, dormimos num motel dentro dos Adirondacks, uma grande área florestal encravada na porção norte do estado. Acordamos com muita neve e o Heron teve sua primeira experiência dirigindo no meio dela. O dia não podia ser melhor para entrarmos no Canadá, terra de Neil Young, Joni Mitchel, Bachman Turner Overdrive, We Are Wolves, Arcade Fire, Rush e de muitas outras coisas. Um amigo havia me dito que o Canadá é um Estados Unidos mais liberal, menos paranóico e amigável. Em poucos minutos deu pra sentir que é muito mais do que isso.

Na aduana da fronteira, fomos bem-recebidos, apesar de uma nota de 20 dólares deixada sem querer dentro de um dos passaportes ter causado um pouco de constrangimento e do oficial ter declarado que o dinheiro estava ali diversas vezes para se certificar que aquilo não era propina. Em seguida, entramos na bela Montreal, uma cidade que como Florianópolis foi construída numa ilha, só que fluvial.

Antes do explorador francês Cartier chegar no século 16 na região, índios iroquois mantinham um povoado grande às margens do rio que seria chamado de Saint Laurent. Diz a história que Cartier subiu o grande morro para reconhecer o território com os chefes iroquois e ficou estupefato com a vista, chamando o promotório de Mont Royal. Nosso albergue ficava praticamente no pé do morro e perto do centro.


No dia seguinte aproveitamos a peculiaridade de se estar numa grande cidade norte-americana onde o Francês é a língua e cultura predominante. Cafés e bistrôs em profusão e comida boa com preços acessíveis nesse enclave latino no meio das geladas terras de Quebec. Logo notei que Montreal é uma cidade de jovens, grande parte da população tem menos de 40 anos e inclui muitos estudantes que chegam para cursar a McGill, universidade que é considerada a Harvard canadense.






Encontrei Rafael, um amigo brasileiro com cidadania francesa que acaba de se mudar para lá com sua esposa, enquanto os caras foram conhecer a cidade subterrânea, a torre olímpica e o centro. À noite demos um show divertido no Le Divan Orange ao lado da banda local Les Fidel Castrol. O pessoal da banda tinha orgulho de sua cidade e cantava em francês um rock garageiro muito bacana. O bar não estava cheio mas os presentes gostaram muito de nosso som & dançaram & mais.


O show:















Em seguida nos levaram para um afterhours que poderia ser em Curitiba, Londres ou qualquer outra cidade: rock rolando nas caixas e todos dançando, com o DJ colocando um eventual rock francês sessentista.



Barbária e Les Fidel Castrol





Ah Montréal!

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