2006/11/24

Lu e Cassim al Sur



Como quase em todas as minhas viagens, as imagens acabam sendo um problema: ou ficam ruins, como essa do lado (culpa de um equipamento limitado e de falta de paciência com os manuais), ou se perdem para sempre. De qualquer forma, o que vale é a intençao.
Chegamos bem em Buenos Aires na última Quarta, depois de uma viagem cansativa mas muito interessante. É claro que a jovem mae e sua filha de 11 meses sentada ao nosso lado (lindo nome Chiara, menina peruana guapa e simpática) se encantaram com a Lu, e nós acabamos dando uma força para elas quando a mae precisava ir ao banehiro ao a filha queria se divertir um pouco com estranhos. Ir de ônibus de Curitiba a Buenos Aires num ônibus ruim seria péssimo se nao fosse esse tipo de interaçao. Leslie, a mae, casada com um brasileiro, mora em Sorocaba mas estava indo para o Peru via Buenos Aires para passar o fim de ano com a hija. Ela e seu companheiro trabalham em navios de cruzeiro e conheceram o mundo. Leslie nos deu boas idéias de como viajar sem gastar (como dizia aquele filme argentino, "Viajar sin diñero, marinero").
Grande parte da jornada Ctba- Bs As se passa no Brasil, país que nao acaba mais, principalmente no estado do RS, um pampa interminàvel onde todos os postes tem casas de joao de barro.
Chegamos na cidade e depois de umas voltas pelo centro, onde nos instalamos num hotel barato ($ 55, aproximadamente R$ 38 o quarto de casal con baño privativo), limpo e bem localizado, nos mandamos para um show gratuito e ao ar livre no Bs As Design com as bandas Doris e meus novos amigos Los Alamos, uma espécie de folk rock badfôlkico argentino muito bom. Os caras me trataram bem e mostraram conhecimento e respeito pelo Brasil. Grandes shows. Infelizmente, a câmera digital, que na verdade é a câmera de vídeo de meu pai(mal) adaptada para este propósito estava sem bateria e a Lu ainda nao tinha comprado a sua, entao vocês terao que acreditar que o show foi otimo e impressionante, com tintas Neil Young-My Bloody valentine-Bob Dylan, dois multinstrumentistas tocando gaita, bandolin e sanfona e um guitarrista chegado ao reverb. Realmente incrível. Quando me apresentei, levei o tradicional beijo no rosto argentino de todos os integrantes e ouvi deles muitas expectativas sobre seu disco lançado no Brasil por Gui Barrela & Co.
No dia seguinte, caminhamos muito, uma preparaçao para a patagônia talvez, da Costera, uma reserva pantaneira na margem do Rio Del Plata com muitos pássaros. De lá, navegamos pelas ruas de San Telmo e acabamos num bar bem legal chamado El Hipopotamo, onde tomamos Sidra (boa e barata) e comemos tortillas e ensalada (idem). Olha a foto da Lu láem cima. A noite, encontramos nosso amigo local Sebastián, grande figura (literalmente, já que tem 2 metros de altura) e voltamos para San Telmo, onde comemos empanadas e tomamos cervejas e mais cervejas. Sebastián anda trabalhando muito e aproveitou a oportunidade para relaxar e nos explicar uma coisinha ou duas sobre o caráter dessa cidade, uma espécie de lugar em extinçao na América do sul onde ainda se vive com certa segurança e com muita literatura, música e artes em geral democrática (no bom sentido). Apesar de tomarmos uns tragos bem no coraçao de toda a cultura tango, nao vimos nada do tipo. Hoje, sexta, a Lu comprou sua câmera com muito esforço (problemas com cartao de crédito) e pode ser que a qualidade das fotos melhore sensivelmente nos próximios posts. Depois pegamos o Subte (Metrô) até Palermo e caminhamos e caminhamos até há pouco. Tivemos que fazer algumas coisas óbvias, como visitar o café Tortoni (onde o grandessíssimo e um dos prediletos da casa Jorge L. Borges passava um bom tempo) e comer bife de chorizo na Calle Lavalle (eu, claro, a Lu é vegetariana, para o estranhamento geral da naçao argentina) a poucos passos de nosso hotel.
Esse lugar é realmente surpreendente, arquitetura surpreendente, cortes de cabelo que sao um elo perdido entre o cool e o brega, o melhor sorvete do mundo (Fredo, dá-lhe caloria), shows de grupos modernos de tango (só música, sem dança) imperdíveis, uma cultura rock anos luz à frente de grande parte do mundo ocidental e um calor que é quase insuportável.
Como dizia Carlos Tripoli: e até mais!

4 comentários:

Anônimo disse...

A LU DEVE TER AMADO OS SORVETES MESMO. HEHEHEH ABRAÇO

Anônimo disse...

Isso mesmo, vão dando as dicas porque dia 17 saímos de Porto Alegre rumo a Buenos Aires!!!!
Beijos

Morracarninha disse...

ja estou acompanhando a novela lu e cassim al sur e digo que está emocionante, continuem colocando fotos e mais fotos. e divirtam-se, abraço nos dois!
karen

Anônimo disse...

Obrigado pela mencao na tua "bitácora estelar"!!! Um beijo grande para vocês dois queridos!!! Voltem logo!!!
Sebastian.