2011/01/06

Febre Astral - ETs, eternidade roubada, benzina & sinuca no deserto - Uma Introdução

Foi em 2000 que ouvi falar pela primeira vez de Edward Anderson. Eu tinha ido fazer um trabalho voluntário no meio do deserto no sudoeste dos EUA, mais precisamente em um lugar chamado Clear Creek Canyon, na floresta de Coconino, Arizona. Minha namorada da época, S., me acompanhou, com suas ideias aventureiras & sua função de diabinho que tenta você a sair de seu caminho para se divertir sem pensar no amanhã, e passamos por grande provação por termos que ficar entre ambientalistas fanáticos totalmente abstêmios no meio do nada e sem álcool, comendo apenas alimentos orgânicos e vegan (o que não foi exatamente ruim, principalmente depois de descobrirmos que nosso cocô saía cheiroso depois de cinco dias comendo só mato).

Mas naturalmente, encontramos uma pessoa naquele grupo de 20 voluntários que tinha a mesma inclinação de deixar o acampamento, fazer a caminhada de 30 minutos até os carros, rodar até o povoado mais próximo, que por acaso tinha sido um forte dos supremacistas que serviu de posto avançado para aniquilar os nativos - Camp Verde, e entornar umas e outras em um bar. Clyde era o nome da criatura, um personagem que por si só me faria deixar essa história de extraterrestres de lado para contar qual é a dele - ex-mariner, ex-condutor da banda das tropas do exército estadunidense estacionadas em Okinawa, budista, em crise existencial & atravessando o continente sozinho, lendo e declamando poemas de Rumi e escutando os discos mais bregas de Elton John enquanto dirigia sua motorhome, um radical em seus próprios termos que tinha vivido no meio do ninho das serpentes até encontrar o amor nos lábios de uma japonesa, um praticante do bem, que ele não hesitou em praticar ao nos levar ao bar onde jogamos sinuca com um índio apache.

Mas, voltando a Edward Scarface: foi nesse bar que conheci Robert, um sujeito estranho, nascido ali mesmo Italvez tivesse brotado do chão daquele dive bar), que nos pagou a última rodada. Ao saírmos todos juntos em direção aos carros, olhei o céu incrivelmente estrelado do deserto e me veio uma vontade de perguntar ao cara - e aí, vocês veem muitos Óvnis por aqui?
- Sim!!!!! Inclusive meu amigo Eddy esses dias veio lá do Canadá só pra examinar umas marcas que uma nave deixou num rancho lá pro lado de Sedona.


Eddy? Robert começou a contar sobre seu ex-colega de colegial com entusiasmo. Ninguém sabia mais sobre ETs do que Eddy. Como assim? Bem, Edward, que tinha levado um talho de faca no rosto em uma briga de bar no México quando ainda seguia o próprio Tim Leary na rota dos cogumelos - daí o apelido "Scarface" - tinha informações quentíssimas, vindas de um dos poucos "gargantas profundas" escondidos nas entranhas do "poder além do poder" dispostos a falar sem medo para o cara certo, informações que fariam qualquer pessoa sensata ter certeza de que era apenas um roteiro de filme de ficção científica de baixo orçamento. ETs agindo debaixo de nosso nariz, sob proteção oficial. Bases secretas. Coletores de energia escondidos no lado negro da lua. Evidências! O Eddy tem evidências! Me conta mais, Rob, me conta mais.


- Ah, se você quiser, te dou o telefone dele, lá do Canadá.


Liguei dez anos e um mês mais tarde. Quem atendeu foi sua ex-mulher, que me passou seu email. O resto, você vai ler aqui logo.

2 comentários:

Mariana Zarpellon disse...

muito bom. queremos mais

Unknown disse...

Sacanagem... só pra deixar na vontade....srrsrsrsrs
Adorei!